sexta-feira, 9 de março de 2007

Epilepsia

O Que é a EPILEPSIA?

Epilepsia é uma alteração na actividade eléctrica do cérebro, temporária e reversível, que produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurovegetativas (disritmia cerebral paroxística). Para ser considerada epilepsia, deve ser excluída a convulsão causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos, já que são classificadas diferentemente.

Epilepsia

Sendo a Epilepsia a doença mais comum na origem de convulsões, esta merece um tratamento à parte.

É uma perturbarão a nível cerebral que origina crises convulsivas que tendem a repetir-se. Estas crises, habitualmente são acompanhadas de alteração de consciência.

Há dois tipos fundamentais de crises Epilépticas:

* Não convulsivas (também conhecidas por crises de pequeno mal)

Caracterizam-se por ausência breves, com duração aproximada de 30 Seg., e que se podem repetir várias vezes ao dia, mas sem perda e consciência. A ausência é uma alteração breve da consciência caracterizando-se por uma interrupção da actividade com suspensão da “conversa” em curso, olhar parado, etc. Terminada a crise o individuo reinicia a actividade voltando o estado normal.

* Convulsivas (também conhecidas por crises de grande mal)

Caracterizadas por contracções musculares descoordenadas com duração de cerca de 2 / 4 minutos, perda da consciência e frequentemente acompanhadas de incontinência de esfíncteres.

Sinais / Sintomas

A situação mais frequente que solicita socorro a nível de emergência médica é a crise de grande mal (crise convulsiva) por ser mais exuberante.

Muitas das vítimas têm uma chamada aura, pré-aviso antes do ataque.

* Dor de Cabeça

* Náuseas

* Ranger dos dentes

A aura é uma característica individual no epiléptico, que não se pode generalizar um sintoma comum a estas situações.

A crise convulsiva decorre normalmente de acordo com a sequência que se segue:

* Por vezes um grito violento

* Um rodar de olhos para cima

* Perda de consciência à qual se segue uma queda brusca podendo a vitima ferir-se

* A língua / lábios podem ficar azulados “cianóticos” devido a dificuldade ventilatória

* Os dentes cerram-se, por vezes pode haver mordedura da língua, podendo originar salivação abundante “espuma na boca” acompanhada de sangue

* Descontrolo de esfíncteres

* O tremor pode iniciar-se numa só parte do corpo, podendo estender-se a todo o corpo entrando a vítima numa crise convulsiva generalizada

* O ataque convulsivo dura cerca de 2 / 4 minutos

* Após a crise a vítima fica inconsciente ou num sono profundo

* Ao recuperar a vítima pode surgir com agitação, agressividade confusão mental, e pode apresentar embaraço não se recordando de nada que aconteceu “amnésia”

Actuação

* Evitar traumatismos associados

* Desviar objectos

* Registar a duração e o tempo de intervalo entre cada uma das convulsões

* Evitar que a vítima morda a língua

* Aliviar colarinho, gravata, cinto, etc.

Após a crise convulsiva:

* Colocar a cabeça da vítima de lado

Certos indivíduos conseguem, voluntariamente, simular na perfeição um quadro convulsivo

Dados a favor de um quadro convulsivo é o facto de se verificar:

  • Relaxamento dos esfíncteres, com incontinência fecal ou urinaria
  • Existência de traumatismos associados
  • Mordedura da língua

O facto de não se verificar nenhuma das situações não é sinónimo se simulação, uma vez que uma crise convulsiva pode ocorrer sem se verificar nenhum deles. Na dúvida, deve ser assumida a situação mais grave e actuar-se. De facto é preferível tratar-se de uma simulação como uma crise convulsiva do que pensar que uma crise real é uma simulação e deixar de prestar cuidados a vitima

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