O Que é a EPILEPSIA?
Epilepsia é uma alteração na actividade eléctrica do cérebro, temporária e reversível, que produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurovegetativas (disritmia cerebral paroxística). Para ser considerada epilepsia, deve ser excluída a convulsão causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos, já que são classificadas diferentemente.
Epilepsia
Sendo a Epilepsia a doença mais comum na origem de convulsões, esta merece um tratamento à parte.
É uma perturbarão a nível cerebral que origina crises convulsivas que tendem a repetir-se. Estas crises, habitualmente são acompanhadas de alteração de consciência.
Há dois tipos fundamentais de crises Epilépticas:
* Não convulsivas (também conhecidas por crises de pequeno mal)
Caracterizam-se por ausência breves, com duração aproximada de 30 Seg., e que se podem repetir várias vezes ao dia, mas sem perda e consciência. A ausência é uma alteração breve da consciência caracterizando-se por uma interrupção da actividade com suspensão da “conversa” em curso, olhar parado, etc. Terminada a crise o individuo reinicia a actividade voltando o estado normal.
* Convulsivas (também conhecidas por crises de grande mal)
Caracterizadas por contracções musculares descoordenadas com duração de cerca de 2 / 4 minutos, perda da consciência e frequentemente acompanhadas de incontinência de esfíncteres.
Sinais / Sintomas
A situação mais frequente que solicita socorro a nível de emergência médica é a crise de grande mal (crise convulsiva) por ser mais exuberante.
Muitas das vítimas têm uma chamada aura, pré-aviso antes do ataque.
* Dor de Cabeça
* Náuseas
* Ranger dos dentes
A aura é uma característica individual no epiléptico, que não se pode generalizar um sintoma comum a estas situações.
A crise convulsiva decorre normalmente de acordo com a sequência que se segue:
* Por vezes um grito violento
* Um rodar de olhos para cima
* Perda de consciência à qual se segue uma queda brusca podendo a vitima ferir-se
* A língua / lábios podem ficar azulados “cianóticos” devido a dificuldade ventilatória
* Os dentes cerram-se, por vezes pode haver mordedura da língua, podendo originar salivação abundante “espuma na boca” acompanhada de sangue
* Descontrolo de esfíncteres
* O tremor pode iniciar-se numa só parte do corpo, podendo estender-se a todo o corpo entrando a vítima numa crise convulsiva generalizada
* O ataque convulsivo dura cerca de 2 / 4 minutos
* Após a crise a vítima fica inconsciente ou num sono profundo
* Ao recuperar a vítima pode surgir com agitação, agressividade confusão mental, e pode apresentar embaraço não se recordando de nada que aconteceu “amnésia”
Actuação
* Evitar traumatismos associados
* Desviar objectos
* Registar a duração e o tempo de intervalo entre cada uma das convulsões
* Evitar que a vítima morda a língua
* Aliviar colarinho, gravata, cinto, etc.
Após a crise convulsiva:
* Colocar a cabeça da vítima de lado
Certos indivíduos conseguem, voluntariamente, simular na perfeição um quadro convulsivo
Dados a favor de um quadro convulsivo é o facto de se verificar:
- Relaxamento dos esfíncteres, com incontinência fecal ou urinaria
- Existência de traumatismos associados
- Mordedura da língua
O facto de não se verificar nenhuma das situações não é sinónimo se simulação, uma vez que uma crise convulsiva pode ocorrer sem se verificar nenhum deles. Na dúvida, deve ser assumida a situação mais grave e actuar-se. De facto é preferível tratar-se de uma simulação como uma crise convulsiva do que pensar que uma crise real é uma simulação e deixar de prestar cuidados a vitima
Sem comentários:
Enviar um comentário