terça-feira, 8 de maio de 2007

Diabetes

Diabetes mellitus é um grupo de enfermidades metabólicas caracterizadas por hiperglicemia (aumento dos níveis de glicose no sangue), resultado de defeitos na secreção de insulina, em sua acção ou ambos.

O termo diabetes, geralmente se refere à diabetes mellitus, mas existem muitas outras condições raras que também se chamam diabetes. A mais comum delas é a diabetes insípida (insípida significa "sem gosto" em Latim) na qual a urina não é doce. Esta diabetes pode ser causada por danos aos rins ou à glândula pituitária.

O pâncreas é o órgão responsável pela produção do homónimo denominado insulina. Este homónimo é responsável por regulagem a glicemia (glicemia: nível de glicose no sangue). Para que as células das diversas partes do corpo humano possam realizar o processo de respiração aeróbica (utilizar glicose como fonte de energia), é necessário que a glicose esteja presente na célula. Portanto, as células possuem receptores de insulina que, quando accionados "abrem" a membrana celular para a entrada da glicose presente na circulação sanguínea. Uma falha na produção de insulina resulta em altos níveis de glicose no sangue, já que esta última não é devidamente dirigida ao interior das células.

Visando manter a glicemia constante, o pâncreas também produz outro hormônio antagónico à insulina, denominado glucagon. Ou seja, quando a glicemia cai, mais glucagon é segregado visando restabelecer o nível de glicose na circulação.

Pacientes diabéticos têm maior propensão em desenvolver hipertensão, arteriosclerose, doenças oculares, doenças renais, e devem principalmente estar atentos a feridas não cicatrizantes em extremidades do corpo (pés, pernas, e mãos) que podem levar à amputação do membro.

TRATAMENTO

A diabetes mellitus é actualmente uma doença crónica, sem cura, e sua ênfase médica deve ser necessariamente em evitar/administrar problemas possivelmente relacionados à diabetes, a longo ou curto prazo. É extremamente importante a educação do paciente, o acompanhamento de sua dieta, exercícios físicos, monitorização própria de seus níveis de glicose, com o objectivo de manter os níveis de glicose a longo e curto prazo adequados. Um controle cuidadoso é necessário para reduzir os riscos das complicações a longo prazo. Isso pode ser alcançado com uma combinação de dietas, exercícios e perda de peso (tipo 2), várias drogas diabéticas orais (tipo 2 somente) e o uso de insulina (tipo 1 e tipo 2 que não esteja respondendo à medicação oral). Além disso, devido aos altos riscos associados de doença cardiovascular, devem ser feitas modificações no estilo de vida de modo a controlar a pressão arterial[1] e o colesterol, se exercitando mais, fumando menos e consumindo alimentos apropriados para diabéticos, e se necessário, tomando medicamentos para reduzir a pressão.

PREVENÇÃO

Como pouco se sabe sobe o mecanismo exacto pelo qual a diabetes tipo 1 se desenvolve, não existem medidas preventivas disponíveis para esta forma de diabetes. Alguns estudos atribuíram um efeito de prevenção da amamentação em relação ao desenvolvimento da diabetes tipo 1.

Os riscos da diabetes tipo 2 podem ser reduzidos com mudanças na dieta e com o aumento da actividade física.

Um artigo da Associação Americana de Diabetes recomenda manter um peso saudável, e ter no mínimo 2½ horas de exercício por semana (uma simples caminhada basta), não ingerir muita gordura, e comer uma boa quantidade de fibras e grãos. Embora eles não recomendem o consumo de álcool, eles citam que o consumo moderado de álcool pode reduzir o risco.

GLICEMIA

A Glicemia (do grego glucos=açúcar e hemos=sangue) é a concentração de glicose no sangue ou mais precisamente no plasma.

Nosso corpo transforma tudo o que comemos em glicose e a Glicemia é o nível de glicose presente em nosso sangue. Ou seja, quando comemos muito, nossa glicemia aumenta, ao passo que quando comemos pouco, a mantemos baixa.

Medimos nossa glicemia através da confirmação dos sinais e sintomas clássicos da glicemia em jejum (exame de sangue onde são verificadas as taxas de glicose no sangue) e do teste padronizado de tolerância à glicose (TTG).

Estes critérios diagnosticados estão baseados nas recomendações da comunidade médico-científica actual:

Tolerância a Glicose (Jejum: de 111 a 125) (2 hs após 75g de glicose: de 141 a 199)

Diabetes Melitus (Jejum: maior que 126) (2 hs após 75g de glicose: maior que 200)

Além da insulina, diabéticos podem controlar a glicemia através de dietas específicas e pratica de exercícios físicos, pois, a prática regular de exercício físico aumenta a acção da insulina, fazendo com que a glicose saia da corrente sanguínea, diminuindo, consequentemente, a glicemia. Actualmente tornou-se comum a "contagem de carbonatos" dos alimentos através do "índice glicèmico", um indicador de qualidade do carbonato quanto à sua habilidade em aumentar e/ou influenciar a glicemia.

HIPOGLICEMIA

A Hipoglicemia ou Hipoglicemia é um termo médico que se refere a um estado patológico produzido por uma quantidade de açúcar (glicose) no sangue abaixo do normal. O termo literalmente quer dizer "baixo açúcar no sangue".

A Hipoglicemia pode surtir uma variedade de sintomas, mas o problema principal desta condição aparece porque ocorre fornecimento inadequado de glicose como combustível ao cérebro, com prejuízo resultante em suas funções (neuroglicopenia). Os desajustes nas funções cerebrais podem ir desde um vago mal-estar até ao coma e, mais raramente, morte. Várias podem ser as causas da Hipoglicemia e elas podem surgir em qualquer idade do indivíduo. As formas mais comuns de Hipoglicemia moderada ou severa ocorrem como uma complicação no tratamento da diabetes mellitus com insulina ou medicamentos orais.

Os endocrinologistas geralmente consideram os seguintes critérios (chamados de tríade de Whipple) para provar se os sintomas de um paciente podem ser atribuídos a uma hipoglicemia:

  1. Os sintomas parecem ser causados por hipoglicemia
  2. Glicemia baixa no momento da ocorrência dos sintomas
  3. Reversão ou melhoria dos sintomas quando a glicemia é normalizada

Porém, nem todos adoptam tais critérios; o próprio valor limite que define uma hipoglicemia tem sido uma fonte de controvérsias. De qualquer forma, o nível de glicose plasmática abaixo de 70 mg/dL ou 3,9 mmol/L é considerado hipoglicemico, mas isto é discutido em mais detalhes a seguir.

QUE FAZER COM UM CASO DE HIPOGLICEMIA

Diante de um quadro sugestivo de hipoglicemia, devemos fazer o seguinte:

(1) Medir a glicemia através do exame de ponta de dedo quando possível, para se ter certeza do problema e avaliar a gravidade da queda da glicemia;

(2) Se o paciente estiver consciente, oferecer um alimento rico em carbonato, como, por exemplo, um copo de suco de fruta - principalmente laranja - ou refrigerante - não diet – uma ou duas barras de chocolate ou uma colher de sopa de açúcar. Esses alimentos somente devem ser administrados se o paciente estivar consciente e capaz de engolir;

(3) Se o paciente estiver inconsciente, deve-se aplicar Glucagon, um homónimo que aumenta a glicemia rapidamente ou usar o próprio açúcar, colocando-o debaixo da língua do paciente ou friccionando-o no lado interno da bochecha;

(4) Assim que o paciente recuperar a consciência, ele deve ingerir um alimento rico em carbonato de absorção rápida (laranja, refrigerante não diet ou água com açúcar) e deve ser observado nas próximas horas;

(5) Caso o paciente não responda às manobras iniciais, ele deve ser levado ao Pronto Socorro imediatamente para receber glicose na veia.


O mais importante é a prevenção dos episódios hipoglicemicos, evitando-se todas as condições predisponentes listadas acima. Quanto mais rigorosamente for tratado um paciente com diabetes, maior a probabilidade de ele vir a ter algum quadro de hipoglicemia. Pacientes com glicemias elevadas, geralmente, não têm esses episódios. Isso não deve ser levado em conta para se justificar uma glicemia basal elevada, pois sabemos que é possível deixar o paciente bem controlado e sem hipoglicemias. Essa será sempre a nossa meta.

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